29 dezembro, 2010

FECHADO PRA BALANÇO - 2010

2010 foi um no diferente de tudo o que já vivi nesses quase-18-anos de existência.

Nao foi um 2006 cheios de altos e baixos, primeiras experiências, intensidade; coisas muito ruins e boas tudo-junto-e-msiturado-ao-mesmo-tempo-agora!

Nem teve uma vibe assim 2007 de calmaria, redescobertas, nada muito novo, bem "mais do mesmo".

Não chegou aos pés do ano maravilhoso, um 2008 deslumbrante com todos os momentos que guardarei pra vida toda, os sonhos, as amizades, as risadas. A felicidade 24-horas-por-dia-sete-dias-por-semana.

Nem foi tão profundo quanto o triste e depressivo 2009, cheio de momentos difíceis, decisões complicadas, brigas, choros e angústias.

2010 foi um misto dos anos anteriores. Foi o reflexo do que vivi no passado - algumas vezes mais nítido outras mais embaçado. Mas sempre muito intenso.
Foram os 365 dias que eu tive pra redescobrir o meu mundo. Conquistar outro pedacinho de chão pra firmar os pés e continuar a viver; sonhar.

Tudo o que eu conhecia até então, desmoronou no fim de 2009 e em 2010 restava-me reconstruir tudo de novo. Só que diferente.
A minha intenção era comprar tudo novo, moderno, com cheirinho de loja. O quão tola eu fui em acreditar que isso seria possível.
Quem diria que hoje, 12 meses; 365 dias depois eu ia achar tão atraente aquelas peças antigas - e de tanto valor - que eu julgava ser só lixo.
A jóia mais preciosa nem sempre é a que tem maior custo (financeiro/emocional), maior beleza.
Mas é aquela que tem valor sentimental, pelo tempo, pela intimidade, pelo passado que ela carrega consigo.
Percebi isso e assim, algumas dessas, recuperei. Tive que deixá-las uns tempos no ourives, pra polir, deixá-las brilhando de novo, prontas pra novas histórias - mas ainda são minhas. Outras, como era de se esperar, estavam quebradas, gastas, saturadas; então deixei-as partir.
Encontrei outras novas - ainda não tão preciosas quanto as outras, mas não menos importantes.
Elas só precisam de tempo pra mostrar toda a sua beleza e criar suas próprias histórias para se tornarem eternas.

Além de crescer meu  pequeno tesouro, também cresci como pessoa, como mulher.
Encontrei caminhos, fiz escolhas, amei, desamei e amei de novo. Sofri, me ergui, fiz besteira e pedi perdão.
Chorei de alegria e ri de tristeza. Vi maldade onde não existia e fui ingênua quando deveria ter sido mais atenta. Fui esperta quando ninguém esperava que eu fosse ser e desapontei alguns por ter deixado de agir na hora certa. Dei tudo de mim pelo que merecia e pelo que não merecia. Sai ganhando e sai perdendo.
Fui surpreendida e supreendi. Fiz tudo o que queria fazer - até o que não devia! - e não me arrependo de nada.

Não sei se foi bom ou se foi ruim.
2010, pra mim, foi... diferente. E ainda está sendo, mesmo que lhe restem apenar alguns dias e algumas horas até que sua luz se apague.

Daqui pra 2011 quero levar as coisas boas, as conquistas, as jóias raras, os amores, as alegrias.
O que for ruim, que fique por aqui. 12 meses são espaço mais que suficiente pra guardar lembranças - mesmo que elas sejam tão grande e gordas como um elefante branco no meio da sala de estar.

Quero só que o meu próximo ano seja tão intenso quanto 2006, não caia na mesmice de 2007, seja tão bom quanto 2008, melhor que 2009 e inspire-se em 2010.
Será que dá pra viver tanta coisa assim em 365 dias?
Eu espero sinceramente que sim.

26 novembro, 2010

Nathy por Nathy

Meu processo de auto-conhecimento. Um resumo do que já descobri sobre mim mesma:

Sou difícil, geniosa; sou inconveniente, carente, ciumenta e possessiva. Sou também apaixonada, frenética, intensa. Sou mais altruísta que egoísta. Sou boba. Preciso de atenção o tempo todo. Quero mudar o mundo, quero ter um milhão de amigos, quero ficar sozinha. Preciso de quem não precisa de mim. Me afasto de quem precisa de mim por achar que não preciso deles. Ajudo completos estranhos mas não penso em me ajudar. Tenho preguiça, sou hiperativa. Sou dramática, exagerada. Presto atenção em detalhes que ninguém mais vê. Entendo o que ninguém mais entende. Gosto do alternativo, do incomum. Me apaixono por pessoas todos os dias. Sou sincera, sou honesta – não comigo mesma; eu minto pro meu organismo.